As Luzes Não Mostram Nada

domingo, 18 de janeiro de 2009

Um desafio que estou fazendo com o Gabriel, que consiste em cada um sugerir um tema para o outro escrever um micro-conto (200 palavras) sobre. O meu era "O melhor de tudo".

Estavam fazendo isso há dias. A luz, branca e fraca, mal era o suficiente para se conseguir distinguir qualquer cor ali daquela sala, o que era até melhor, mas ela não se importava. Queria saber se as cores ainda existiam, ou se tinham voltado para o lugar onde ficavam na época das fotos preto-e-branco.

A sujeira do local era algo impressionante, até mesmo com a iluminação, que não mostrava muita coisa. O desconforto da cadeira era algo do passado. Se continuar assim, pensou ela, meu traseiro irá gangrenar.

Seus pulsos estavam coçando, por culpa dessa coisa desajeitada e sem qualidade que estava amarrada em seu pulso. O pano em sua boca também não era agradável, ele parecia sugar toda a umidade de sua boca, pena que ela não conseguia arrancar um pedaço dele, assim ela poderia comer alguma coisa.

Mas a fome parecia ter as suas vantagens. Ela não sentia muita dor, além a do estômago, mas aquilo seria saciado com o tempo, afinal, ele não seria tão cruel de deixá-la mais um dia sem comer, não é? Não...

... Se preocupe, querida, o melhor de tudo está por vir- disse ele, tirando-a de seus devaneios, com um sorriso sádico.

(Não acho que deu pra captar a essência do melhor de tudo, mas é o primeiro conto mesmo).

2 comentários:

Unknown disse...

essência você é quem cria, meu chapa. Ficou bem bacana esse conto. Gostei de como você usou o tema.

Augusto Molkov disse...

Eu quero brincar também. :-(